segunda-feira, 30 de março de 2009

A atriz Letícia Sabatella também endossa o Mercado Cultural Santa Tereza

sexta-feira, 27 de março de 2009


Letícia Sabatella abandona os personagens religiosos com a vilã Yvone de Caminho das Índias.

Mix – Quando a Glória Perez chamou você para Caminho das Índias, ela ofereceu um papel indiano. Por que você preferiu o núcleo brasileiro?

Letícia Sabatella – Ela me disse que tinha duas opções para mim. Não sei que papel indiano eu poderia fazer, mas quando soube que o outro era daqui, soltei um "puxa, não aguento mais interpretar mulheres que rezam". Aí ela me falou da Yvone e eu não tive dúvidas de que faria com que o público e os próprios colegas da emissora me enxergassem com outros olhos.

Mix – Como o público reage às cenas da Yvone?

Letícia – O que mais ouço é a expressão "lobo em pele de cordeiro". A Yvone provoca uma sensação de déjà vu nas pessoas. Todo mundo conta que já conheceu alguma "Yvone". Mas ainda não rolaram lamentações, como a mulher que foi traída pela amiga. As pessoas conseguem perceber que se trata de uma personagem sem qualquer resquício de bondade.

Mix – Já chegou a ser repreendida por alguém nas ruas?

Letícia – Não, as pessoas sabem diferenciar bem. Percebo que o público se diverte com o prazer que a Yvone demonstra ter ao fazer maldades. Ninguém defende a personagem, mas tem uma empatia pela história do núcleo dela. Pelo menos até agora, tudo que recebo são elogios.

Mix – É difícil interpretar uma vilã que não se humaniza em nenhum aspecto?

Letícia – Isso é muito louco. Temos exemplos de vilãs que, de alguma forma, tinham sua maldade justificada. A que roubou uma criança, mas desenvolveu amor por ela. Ou a que buscava vingança em memória da mãe. Com a Yvone, não existe qualquer brecha. Vejo-a como uma espécie de Iago – da tragédia Otelo, de William Shakespeare. E, por mais incrível que pareça, consigo aprender com ela.

Mix – O que você aprendeu até agora?

Letícia – Outro dia eu estava cansada e fui para a casa com a maquiagem da Yvone. Depois, percebi que estava meio blasé. Aí chegou uma pessoa conhecida para falar algo ruim comigo e eu fiquei diferente. Não cedi, me vi forte. A Yvone me fez experimentar um pouco a força do "não". Minha cabeça é divagadora, delirante... me derreto muito. Acho que estudar sobre a psicopatia me faz pensar de forma mais astuta. Estou com mais coragem para colocar os pingos nos "is". E isso não é fácil, porque sempre fui muito indecisa.

domingo, 22 de março de 2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

Uma leitura de cena do filme "Romance"